Os feirantes da capital se preparam para ganhar novos espaços de comercialização pela Prefeitura de Belém e Governo do Estado. Os trabalhadores do Mercado de Farinha do Guamá e do Mercado da Terra Firme já foram remanejados pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) para as feiras provisórias, localizadas bem em frente aos mercados. Nessas unidades, as obras da segunda etapa já começaram e a previsão de entrega é de oito meses.
Outros quatro mercados avançam para o remanejamento dos trabalhadores e início das obras. “Os permissionários do Complexo do Guamá, Mercado da Pedreira, Complexo da Pedreira e Mercado Municipal de Icoaraci serão transferidos durante o mês de fevereiro. Sempre damos um tempo para que os feirantes possam se mudar com segurança e realizar as adaptações necessárias com suas mercadorias”, explica o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.
A previsão da Prefeitura de Belém é o Complexo do Guamá, Mercado da Pedreira, Complexo da Pedreira e Mercado Municipal de Icoaraci estarão prontos em 12 meses. No total, serão investidos quase R$ 50 milhões na melhoria de feiras e mercados para que os feirantes e a população possam vender e adquirir alimentos e outros produtos com dignidade nos espaços públicos revitalizados.
Investimento – Nessa primeira fase serão reformadas pela Prefeitura de Belém e Governo do Estado seis unidades de abastecimentos: Mercado da Terra Firme, Mercado de Farinha do Guamá, Complexo do Guamá, Mercado da Pedreira, Complexo da Pedreira e Mercado Municipal de Icoaraci. Somente para esses seis logradouros R$ 47.892.010,97 estão sendo investidos.
Feiras Provisórias
Segundo o titular da Secon, as feiras provisórias são importantes para que o trabalhador continue com a atividade econômica e a população não fique sem os centros de abastecimentos durante o período de reformas dos mercados.
As feiras provisórias instaladas pela Prefeitura de Belém seguem, ainda, as normas sanitárias e de segurança, garantindo que os trabalhadores atuem sem intercorrências.
“Estou gostando desses boxes. Está bem ventilado, organizado e limpo. Agora é só acostumar a freguesia a vir até aqui. O bom é que fica bem pertinho do mercado”, conta José Maciel de Oliveira, 59 anos, que já está na segunda geração de venda de farinha no Mercado de Farinha do Guamá.
Os moradores no bairro do Guamá também aprovaram a mudança provisória. “A gente nem conseguia mais fazer as compras pelas condições do mercado, então sabemos que esses contratempos são para um bem maior lá na frente”, disse Rosane Lima, moradora há 34 anos no Guamá.
Participação da comunidade
O remanejamento para a feira temporária e as obras nos mercados municipais são acompanhados pela Comissão de Fiscalização (Cofis), eleita e composta pelos trabalhadores do espaço e moradores de cada bairro.
Kueila Cristina Silva atua há 30 anos dentro do mercado da Terra Firme, no setor de ervas. A permissionária diz que vivenciou toda a degradação do espaço ao longo do tempo. “Estávamos sem condições de trabalhar dentro desse mercado. Faço parte da Cofis justamente para acompanhar junto com a Prefeitura todo o processo de reforma. Acho fundamental a participação dos feirantes em todas as etapas das obras”, assegura a trabalhadora.
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