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AGRICULTURA FAMILIAR – Agricultores de Mosqueiro recebem mudas e sementes da Prefeitura de Belém

“De agricultora local, quero passar a ser uma produtora em grande escala”, revelou Gerlany de Fátima Oliveira, integrante de uma das 50 famílias de agricultores do distrito de Mosqueiro que receberam na manhã desta quinta-feira, 16, da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), três mil sementes de açaí, além de mil mudas de laranja, mil de cacau e mil de açaí.

Os insumos foram entregues na sede da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) aos agricultores das comunidades de Mari-Mari I e II, além dos assentamentos Chico Mendes e Dezenove de Abril, e servirão para o manejo e posterior comercialização dos produtos, como forma de proporcionar mais uma opção de renda aos agricultores familiares da ilha.

Colheita – De acordo com o engenheiro agrônomo da Secon, Jorge Pantoja, a colheita dessa espécie de laranja é realizada por volta de três anos. “A produção é bem promissora, já que podem ser colhidas de 3 a 4 caixas por muda, o que vai totalizar cerca de 750 a mil laranjas”, explicou o técnico.

“É importante destacar que 66% da área geográfica de Belém é integrada por ilhas, com grandes potenciais agrícolas para atender, inclusive, à demanda da capital. Por isso, a Prefeitura de Belém tem olhado para os pequenos agricultores das áreas insulares, como agentes fundamentais para o desenvolvimento da economia local”, destacou o titular da Secon, Rosivaldo Batista.

Ação da PMB contou ainda com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), que fez a doação dos insumos, e com a Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), na logística das doações.

Cadastro Ambiental Rural – Ainda como parte das ações da Prefeitura de Belém no distrito de Mosqueiro, 12 famílias do assentamento Elizabeth Teixeira e oito proprietários rurais da ilha, também receberam da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o documento comprobatório do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo o chefe do departamento de parques da Semma, Bruno Barauna Araújo, o cadastro é uma maneira de garantir aos agricultores a regularização ambiental das propriedades rurais.

O agricultor João Geonil da Conceição trabalha há 15 anos no assentamento Elizabeth Teixeira com o cultivo do açaí e cacau e criação de galinha caipira. “Eu não tinha onde morar, quando me mudei pra cá. Hoje tenho uma terra produtiva com a possibilidade, inclusive, de realizar um crédito financeiro para melhorar minha produção, por meio do cadastramento no CAR”, revelou João.

Outro benefício do CAR é o controle ambiental, a conservação do meio ambiente e o combate ao desmatamento ilegal, visto que, a partir do cadastro online dos agricultores, o poder público passa também a ter o monitoramento dessas áreas.

Texto: Roberta Corrêa