A crise econômica que afeta o país tem diminuído a oferta empregos em Belém, atingindo especialmente os setores de serviços, comércio e construção civil. Para tentar mudar esta realidade, a Prefeitura de Belém, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese), reuniu representantes de entidades de classe e sindicatos para discutir políticas de emprego e qualificação profissional.
Durante a reunião, na sede da Coordenadoria de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém (Codem) na última segunda-feira, 13, o Núcleo de Qualificação Profissional definiu a realização de um workshop para o final deste mês. O núcleo, criado pela Prefeitura de Belém, identifica onde estão as maiores demandas de profissionais no mercado de trabalho e promove cursos de capacitação em determinadas áreas, contribuindo para a diminuição dos índices de desemprego no município.
“Precisamos criar cursos de acordo com o que o mercado está precisando, independentemente do segmento. Nosso objetivo é mudar a realidade do município em relação ao desemprego, qualificando essas pessoas e isso só pode acontecer se for de forma integrada”, disse o prefeito Zenaldo Coutinho.
Ainda de acordo com o gestor, “esse é um problema de todos, por isso estamos conclamando as empresas e os trabalhadores para um debate, para que cada um possa oferecer algo que impacte na qualificação e no aproveitamento da mão de obra local. Este tem sido o papel da Prefeitura”, afirmou.
Por meio do debate com representantes de todas as classes, a Prefeitura espera elencar as principais necessidades dos geradores de emprego para qualificar os profissionais de forma específica, promovendo a implantação de políticas públicas e serviços para capacitação. “Todas as pessoas serão beneficiadas, independentemente de fazerem parte do setor público ou privado”, destacou o coordenador do núcleo, Gilvan dos Anjos.
O Dieese mantém um convênio de cooperação técnica com a Prefeitura, pelo qual apresenta os números necessários para criar estratégias. “Temos o objetivo de ampliar essa discussão e saber dos segmentos quais os possíveis caminhos que deveremos tomar – a curto e médio prazo -, para sairmos dessa situação, em que estamos perdendo quase 10 mil postos de trabalho neste exato momento e não estamos gerando mais os 100 mil empregos por ano. Acredito que se todos nos dermos a mãos, o mais rapidamente possível sairemos dessa situação, disse o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Texto: Karla Pereira
Foto: Uchôa Silva-Agência Belém
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)