Ação de ordenamento orienta lojistas e feirantes no bairro da Pedreira

Agentes da Prefeitura de Belém fizeram um trabalho de orientação dirigido a comerciantes da Avenida Pedro Miranda e feirantes que atuam no Complexo da Pedreira na manhã desta quinta-feira, 16.  Eles foram identificados em um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) que verificou 145 trabalhadores informais ocupando o espaço público, principalmente as calçadas no trecho entre as travessas Angustura e Timbó.

“A presença do mercado informal nas calçadas dificulta a utilização do passeio público pelo pedestre que precisa transitar com segurança”, explicou Cláudio Mercês, coordenador da força tarefa para ordenamento do espaço público.  “A ação que estamos realizando hoje tem caráter educativo para que essas pessoas se adequem, apesar das diversas notificações que foram expedidas recentemente para que trabalhadores e comerciantes se organizassem”, completou.

Dos 145 trabalhadores informais que ocupavam a via pública de forma irregular, em torno de 25% possuem permissão para atuar dentro do mercado.  O Complexo da Pedreira possui aproximadamente 450 permissionários, gerando mais de 850 postos de trabalho de forma direta.

“Alguns trabalhadores da feira migraram para a rua por uma questão de conveniência, por acreditar que o cliente não vai entrar no mercado em busca da mercadoria. A maioria dos que estão na rua comercializam produtos industrializados, hortifrútis e granjeiros”, avaliou Sérgio Wladimir Silva, coordenador do Complexo da Pedreira.

Durante a ação de ordenamento lojistas que atuam com comércio formal também foram orientados para garantir espaço para circulação de pedestres nas calçadas.  A empresária Telma Albuquerque, 50, atua no ramo de confecções e moda esportiva e aprovou a ação da prefeitura. “Estou dentro do padrão e não atrapalho ninguém. Meu manequim fica sempre na parte interna para não atrapalhar quem passa por aqui. Eu também acho que a calçada é para o pedestre e não deve ser ocupada por mercadoria. Era bom se todos os lojistas também pensassem assim e colaborassem”, pontuou Telma, destacando a importância da fiscalização para o ordenamento da cidade.

Há mais de 30 anos trabalhando na rua como vendedor de jornais, o autônomo Delson Alves Pereira, 63, compreende a importância de organizar o espaço que é de todos. Ele foi orientado a reduzir a área ocupada pela banca onde vende jornais. “Sem organização ninguém se entende. Vou procurar me regularizar e me organizar melhor, com uma banca de tamanho correto para depois não ter problema”, garantiu.

Texto: Lauro Lima
Foto: Oswaldo Forte
Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN)