Entidades do mercado formal e informal de Belém participaram, nesta quarta-feira, 27, da abertura do Fórum Municipal de Desenvolvimento Econômico, na Federação das Indústrias do Estado Pará (Fiepa). O evento, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), oportuniza os diversos setores da economia local na participação de um Plano de Desenvolvimento Econômico. A programação prossegue até quinta-feira, 28, na Escola Superior da Amazônia (Esamaz).
“Temos aqui as representações de 90% do PIB de Belém, que estão interagindo com o poder público municipal com sugestões para a expansão econômica da capital para os próximos quinze anos. Essas informações se transformarão no Plano, preparado com a ajuda de todos esses setores”, explicou o Titular da Secon, Rosivaldo Batista.
Mercado formal – Segundo dados informados pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio) e Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindlojas), o PIB da capital paraense gira em cerca de 29 bilhões de reais. “O setor de comércio e serviço contribui com 56% do valor adicionado do PIB municipal, e emprega ainda 57% da mão de obra com carteira assinada, por isso, a importância de ouvir esse segmento que tanto contribui com a economia local”, destacou a representante dos presidentes da Fecomércio e Sindlojas, Lúcia Cristina Lisboa.
Quanto às projeções futuras, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon), analisa um cenário positivo para os próximos anos. “O mercado imobiliário e da construção civil já está em recuperação. Quanto mais obras novas, mais empregos diretos e indiretos que alavancam e aquecem a economia de Belém”, observou o representante do Sinduscon, Bruno Mileo.
Mercado Informal – O presidente do sindicato dos peixeiros de Belém, Fernando Souza, destacou a continuidade de cursos de capacitação e linhas de crédito para os trabalhadores das feiras e mercados municipais. “O incentivo financeiro pode ser uma ajuda para comprarmos mercadorias e também equipamentos, oferecendo assim serviços competitivos aos nossos clientes”, disse o trabalhador que atua há 41 anos no mercado de peixe do Ver-o-Peso.
Já para o presidente do sindicato dos trabalhadores do mercado informal, Raimundo Raulino, os investimentos na infraestrutura do centro comercial histórico de Belém são fundamentais. “É importante para o resgate dos frequentadores do espaço, beneficiando tanto os lojistas quanto os ambulantes”, analisou o trabalhador.
Investimentos – Conforme dados da Secon, cerca de 250 mil pessoas atuam no mercado informal em Belém. “Um número bastante relevante. Por isso, a Prefeitura tem dado uma atenção especial a esse segmento, padronizando os equipamentos nas feiras e mercados, aumentando as linhas de créditos pelo Fundo Ver-o-Sol, e ofertando, gratuitamente, cursos de capacitação profissional aos trabalhadores em expansão na Sala do Empreendedor da Secon. Essas ações da PMB certamente já refletem em projeções positivas para o mercado financeiro”, explicou o Secretário de Economia.
Outro projeto da Prefeitura de Belém envolve a requalificação do centro comercial histórico de Belém, e consta, incialmente, com a recuperação da via e calçamento da Rua João Alfredo, além da padronização dos 250 equipamentos dos trabalhadores informais da área. A obra deve aquecer ainda mais a movimentação e as vendas no espaço.